terça-feira, 7 de dezembro de 2010
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
O fim de uma jornada
Quase trinta
dias de chuva, frio, calor intenso e inúmeras variações climáticas. Pelo caminho, animais de espécies variadas que dificilmente seriam vistos no Brasil se não fosse a zoológicos ou pela tela da televisão.
Alimentação
radicalmente alterada com direito a alguns pratos tradicionais pelos países visitados. Bom humor, brigas e muitas gargalhadas. Essa foi a realidade de quatro aventureiros que saíram da pequena São Jorge D’Oeste rumo as geladas terras da Patagônia.
Vizinhos,
parentes e amigos torcendo pelos corajosos aventureiros, teve até gente que disse “não ter dormido à noite de tanta preocupação”. Viajar é bom, mas estar de volta, ouvir novamente as pessoas falando em português e comer um bom prato de feijão com arroz (um churrasco seria mais recompensador) é uma maravilha.
A aventura
se encerra por aqui, mas com certeza inúmeras outras virão e a lembrança das loucas peripécias ao lado da poderosa Kombi ficarão para sempre em nossa memória.
dias de chuva, frio, calor intenso e inúmeras variações climáticas. Pelo caminho, animais de espécies variadas que dificilmente seriam vistos no Brasil se não fosse a zoológicos ou pela tela da televisão.
Alimentação
radicalmente alterada com direito a alguns pratos tradicionais pelos países visitados. Bom humor, brigas e muitas gargalhadas. Essa foi a realidade de quatro aventureiros que saíram da pequena São Jorge D’Oeste rumo as geladas terras da Patagônia.
Vizinhos,
parentes e amigos torcendo pelos corajosos aventureiros, teve até gente que disse “não ter dormido à noite de tanta preocupação”. Viajar é bom, mas estar de volta, ouvir novamente as pessoas falando em português e comer um bom prato de feijão com arroz (um churrasco seria mais recompensador) é uma maravilha.
A aventura
se encerra por aqui, mas com certeza inúmeras outras virão e a lembrança das loucas peripécias ao lado da poderosa Kombi ficarão para sempre em nossa memória.
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
O deserto mais seco do mundo
Consegue se imaginar passando um ou dois meses sem chuva? Razoavelmente fácil não? E cinco anos sem chuva? Ou melhor, que tal décadas sem chuva? Assustado? Pois assim é a região do Atacama no norte do território chileno e parte da Argentina.
Se os desertos que encontramos em grandes trechos da viagem contavam com uma vegetação escassa, a partir de agora ver uma simples plantinha no amarelado chão do deserto é uma raridade. O clima extremamente seco é um atentado aos pulmões do viajante. Sem contar com a temperatura, calor intenso durante o dia e frio congelante durante a noite.
Pelo caminho o viajante encontrará características específicas da região, como as belíssimas salinas e formações rochosas exuberantes. Não perca tempo pagando para visitar alguns pontos específicos como certas salinas ou mesmo o Vale da Lua, apenas seguindo o caminho é possível encontrar a paisagem do mesmo tipo ou em alguns pontos muito mais gratificante.
A fauna é outro elemento muito importante na região. Em alguns pontos como nas salinas encontrará inúmeros flamingos que facilmente (ou não) posarão para as fotos. Sem dúvida o chamariz de atenção são as literalmente “fofas” Ilhamas, com seu pelo felpudo e suas cores múltiplas.
A viagem está chegando ao fim. Aproximadamente 30 dias na estrada e o Brasil volta a se aproximar. Uma rápida passagem pelo norte argentino e logo retornaremos as terras tupiniquins.
Cleber Facchi
sábado, 23 de janeiro de 2010
Deserto, névoa e o Oceano Pacífico
Dizendo adeus à incrível região dos vulcões, ao sul do Chile, seguimos para a parte norte do país. A paisagem verde e suas inúmeras plantações aos poucos foram substituídas dando retorno ao velho deserto. Preparem os bolsos, pois o que há de mais caro por aqui são os pedágios que se espalham aos montes pela rodovia.
Uma rápida passagem pela capital Santiago e seguimos para a região litorânea, costeada pelo oceano Pacífico (que de pacífico não tem quase nada). Durante grande parte do percurso fomos encobertos por uma densa névoa que só foi se dissipar na parte da tarde.
Pelo caminho é possível avistar inúmeras criações de cabras que ao invés de serem cercadas por madeira e arames são rodeadas por cercas de cactos. Por toda rodovia é possível se deparar com inúmeros vendedores de doces e salgados que ficam agitando uma espécie de chicote para chamar a atenção dos viajantes.
Ao fim do dia chegamos a cidade de La Serena, com uma praia belíssima e lotada de turistas. Um dos fatos mais curiosos são as vias de salvação em caso de Tsunami. São várias avenidas largas desenvolvidas para dar suporte aos habitantes da cidade em caso de ondas gigantes lavarem o município.
Por hoje ficaremos por aqui, amanhã seguiremos para a nova etapa da viagem: o Deserto do Atacama.
Cleber Facchi
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Os caçadores de vulcões
Após a decepção passada em Bariloche seguimos para o Chile, rumo à região dos vulcões. Encontramos a migração mais acirrada, onde toda nossa bagagem foi revistada para evitar que algum produto restrito contaminasse as produções agrícolas que encontraríamos na região.
Pelo caminho belíssimas plantações de framboesa, morangos e cerejas (aproveite e pare nas inúmeras barraquinhas que vendem frutas, vai se deliciar). O clima que antes era seco e contava com fortes rajadas de vento foi rapidamente substituído por um ambiente mais ameno e livre do frio.
Após algumas horas na estrada já avistamos os vulcões e o principal deles, Osorno. Por vários quilômetros é possível visualizar o imponente monte com seu topo coberto de gelo. As nuvens, porém, nos impediram de uma visualização gratificante. Resolvemos passar a noite em uma cabaña esperando que o clima abrisse, mas infelizmente não foi o que aconteceu. Pelo menos tivemos uma noite de descanso em uma construção típica e bem aconchegante (com direito a banho quente em uma banheira).
Mas o clima teria de melhorar. Fomos novamente atrás de outro vulcão, dessa vez o de Vilarrica um pouco mais ao norte. Para nossa sorte quando chegamos ao vulcão o céu finalmente se abriu. Ficamos deslumbrados com a beleza do lugar, além do fácil acesso ele estava parcialmente coberto de neve.
Tiramos o dia para nos divertir no alto dos seus mais de 2500 metros de altitude. Bonecos de neve, guerras e o melhor de tudo, escorregar por entre suas decidas o que deu um novo ânimo aos viajantes. Pela noite pousamos em mais uma cabaña (com direito até a piscina). Que vida dura! Seguiremos para a capital chilena, Santiago e para toda a região litorânea do país.
Cleber Facchi
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Onde há luxo...
Bariloche, simples assim
Arrumando as malas e desarmando o acampamento saímos da cidade de El Bolsón rumo a tão comentada Bariloche. O caminho costeado por imensas montanhas esverdeadas foi durante a parte da manhã o único foco de beleza avistado, já que a “tão comentada Bariloche” foi na verdade uma grande decepção.
Já na entrada fomos saudados por montes de lixo e alguns bairros nem tão agradáveis assim. Pelo caminho esperamos que a cidade em si se revelasse, mas sua arquitetura irregular, ruas mal projetadas e estrutura caótica só aumentaram nosso desânimo. Foram poucos os locais que realmente chamaram a atenção. Talvez a cidade seja mais bem vista no inverno, ou talvez Bariloche não passe de um refúgio para ricos excêntricos gastarem seu dinheiro nas inúmeras lojas que dominam a cidade.
O que seria nossa estadia por no mínimo dois dias acabou se alterando. Saímos da cidade e rumamos para Villa La Angustura, um pequeno vilarejo repleto de construções típicas trabalhadas em madeira. Mesmo pequena, a cidade fornece aos visitantes um agradável passeio por suas ruas aconchegantes. Mas preparem-se, os preços não são tão agradáveis assim.
Por hoje acamparemos em um camping (o mais caro encontrado até agora) e pela manhã voltaremos ao Chile, onde partiremos para cidade de Osorno e toda a região dominada por vulcões. Será a nossa quarta etapa da viagem e se tudo der certo veremos desde enormes crateras até lava vulcânica.
Cleber Facchi
domingo, 17 de janeiro de 2010
Sobrevivendo ao deserto
Despedimo-nos da desértica El Calafate com seu amontoado de turistas e seguimos pelo silêncio desértico da Rota 40. Nosso destino agora é a cidade de San Carlos de Bariloche, mas para isso é necessário atravessar os mais de 500 quilômetros de estrada de rípio e asfalto em péssimas condições.
Poucos foram os carros que encontramos durante o percurso. É recomendável aos que forem se aventurar pela rota, que estejam munidos de muito combustível, água e alimentos, já que as poucas cidades encontradas durante o trajeto não dispõem de tais recursos ou os vende a preços abusivos.
Após a travessia do cansativo deserto começamos a avistar novamente alguns picos com suas pontas cobertas de gelo. Aos poucos a paisagem foi se alterando, substituindo o repetitivo tom amarelo e marrom por tons de verde.
Por hoje ficaremos na cidade de El Bolsón que conta com um dos melhores campings que encontramos até agora a um preço super acessível. Pela manhã seguiremos viagem, rumo aos montes congelados de Bariloche.
Cleber Facchi
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